Operação O Negativo

Luís Cunha Ribeiro suspeito de beneficiar Octapharma no negócio do plasma e derivados do sangue

Foi hoje detido o antigo presidente do INEM e da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo. Luís Cunha Ribeiro é suspeito de crimes de corrupção ligado ao negócio do plasma. As autoridades fizeram cerca de 30 buscas, em Portugal e na Suíça.

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Luís Cunha Ribeiro foi detido esta manhã bem cedo na sua casa da Avenida do Brasil, em Lisboa.

À mesma hora, no Porto, os inspetores da PJ entravam também noutra das moradas do antigo presidente da ARS de Lisboa e Vale do Tejo e antigo presidente do INEM.

Os dois organismos foram igualmente alvo de buscas, tal como o Ministério da Saúde, o Hospital de São João no Porto, dois escritórios de advogados e empresas de contabilidade.

Para além destes locais, os investigadores foram ainda recolher provas em quatro pontos - dois em Lisboa e dois em Zurique - , relacionados com a Octapharma, uma empresa que se dedica à comercialização e distribuição de plasma.

Um dos responsáveis da empresa é Paulo Lalanda de Castro, também arguido no caso que envolve José Sócrates e ainda no caso dos Vistos Gold.

Neste processo, a suspeita das autoridades é que a empresa de Lalanda de Castro tivesse conseguido o monopólio do fornecimento de plasma e derivados do sangue para o Serrviço Nacional de Saúde, graças à influência de Cunha Ribeiro nos concursos públicos.

Os crimes de corrupção, recebimento indevido de vantagem e branqueamento de capitais podem ter durado desde 1999 até ao ano passado.

O Ministério Público acredita que o Estado pode ter sido lesado em cerca de 100 milhões de euros.