Luís Cunha Ribeiro foi detido esta manhã bem cedo na sua casa da Avenida do Brasil, em Lisboa.
À mesma hora, no Porto, os inspetores da PJ entravam também noutra das moradas do antigo presidente da ARS de Lisboa e Vale do Tejo e antigo presidente do INEM.
Os dois organismos foram igualmente alvo de buscas, tal como o Ministério da Saúde, o Hospital de São João no Porto, dois escritórios de advogados e empresas de contabilidade.
Para além destes locais, os investigadores foram ainda recolher provas em quatro pontos - dois em Lisboa e dois em Zurique - , relacionados com a Octapharma, uma empresa que se dedica à comercialização e distribuição de plasma.
Um dos responsáveis da empresa é Paulo Lalanda de Castro, também arguido no caso que envolve José Sócrates e ainda no caso dos Vistos Gold.
Neste processo, a suspeita das autoridades é que a empresa de Lalanda de Castro tivesse conseguido o monopólio do fornecimento de plasma e derivados do sangue para o Serrviço Nacional de Saúde, graças à influência de Cunha Ribeiro nos concursos públicos.
Os crimes de corrupção, recebimento indevido de vantagem e branqueamento de capitais podem ter durado desde 1999 até ao ano passado.
O Ministério Público acredita que o Estado pode ter sido lesado em cerca de 100 milhões de euros.