Quando foi detido esta quarta-feira, Lalanda e Castro estava no edifício da Octapharma em Heildelberg, na Alemanha.
O antigo patrão de José Sócrates na Octapharma estava em reunião com o diretor executivo da multinacional farmacêutica quando as autoridades alemãs e uma equipa da Polícia Judiciária efetuaram a detenção.
O ex-administrador da Octapharma foi presente às autoridades judiciais alemãs. Em causa está a decisão por parte da justiça alemã de entregar Lalanda e Castro às autoridades portuguesas e proceder à respetiva extradição.
Lalanda e Castro demitiu-se esta semana depois de ser conhecido o caso do negócio da venda de plasma em Portugal.
O Ministério Público suspeita que a Octapharma tenha sido favorecida nos concursos públicos de compra de derivados do plasma para o Serviço Nacional de Saúde, um eventual privilégio que manteve a empresa numa posiçao de monopólio ao longo dos últimos 16 anos e que levou à detenção de Luís Cunha Ribeiro, ex-presidente do Inem e da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.
O Ministério Público acredita que a eventual corrupção nos negócios do sangue tenha lesado o Estado em cerca de 100 milhões de euros.
Além de Cunha Ribeiro, o caso O Negativo tinha outros dois arguidos. Com a detenção de Lalanda e Castro, sobem para quatro os suspeitos de corrupção, branqueamento de capitias e favorecimento no negócio do plasma e medicamentos derivados.