"Acho muito bem que se faça a concessão dos transportes públicos em Lisboa e no Porto a privados", afirmou o presidente da Carris durante o seminário sobre a contratualização do serviço público de transportes, organizado pela Logistel.
À margem do evento, quando questionado pela Lusa sobre se a Carris está preparada para um processo de privatização, Silva Rodrigues afirmou: "A empresa está sempre preparada para fazer o que o acionista (Estado) determinar".
Sem adiantar mais pormenores, o presidente da Carris afirmou este tema está dependente de uma decisão do Governo.
"O acionista terá de definir se a Carris é um operador interno (que opera apenas em Lisboa) ou se pretende que a empresa se prepare para um mercado aberto. É uma decisão política que não está tomada e que deverá ser tomada tão rápida quanto possível", disse.
Silva Rodrigues disse ainda que caberá ao Governo definir o modelo de uma eventual privatização, nomeadamente se a empresa será alienada como um todo ou se será privatizada apenas uma parte.
Na semana passada, o secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações não descartou a possibilidade de se privatizar parte da Carris, defendendo que "o que importa é o serviço" e não o capital que o presta.
"O que importa é o serviço, a qualidade do serviço e a sustentabilidade do serviço, não propriamente o capital que o presta. E, portanto, é no enfoque dessa mesma qualidade de serviço que o Governo está focado", disse, na altura, Sérgio Silva Monteiro aos jornalistas.
Lusa