"A base para um diálogo construtivo foi minada. É impossível realizar uma reunião construtiva amanhã [sexta-feira]", disse a secretária-chefe do executivo da Região Administrativa Especial chinesa, Carrie Lam, em declarações à imprensa.
A porta-voz da Federação de Estudantes, Yvonne Leung, informou numa mensagem escrita na aplicação online 'WeChat' que os estudantes iriam reagir ainda esta noite ao rompimento das negociações por parte do Governo.
"Vamos responder por volta das 21:00 (14:00 em Lisboa)", escreveu Yvonne Leung.
Carrie Lam atribuiu a rutura das negociações aos líderes estudantis, que acusou de "minarem a confiança" na reunião proposta com os comentários que fizeram nos últimos dois dias.
"O diálogo não pode ser utilizado como uma desculpa para incitar mais pessoas a juntarem-se aos protestos", declarou.
"Os ativistas da ocupação ilegal têm de parar", acrescentou.
Os comentários da responsável surgiram horas depois de os líderes dos protestos terem feito saber que reforçarão a ocupação de zonas cruciais da cidade se não obtivessem concessões do Governo.
Zonas do vital centro financeiro estão paralisadas há mais de uma semana por manifestações apelando para que Pequim dê à antiga colónia britânica democracia total e o líder do executivo da cidade, Leung Chun-ying, se demita.
De acordo com os planos revelados pela China em agosto, os cidadãos de Hong Kong poderão votar no sucessor de Leung, em 2017, mas os candidatos serão pré-selecionados por Pequim.
Lusa