"Vai ter-nos à perna", disse Heloísa Apolónia, deputada do PEV, a António Costa, chefe do Governo, numa intervenção no debate quinzenal desta tarde no parlamento.
Sublinhando a oposição do partido à descida da TSU, a ecologista advogou que as empresas "já foram sobremaneira compensadas" nos últimos anos e décadas, e referiu um estudo da CGTP que refere que o salário mínimo nacional, de acordo com padrões estabelecidos no passado, deveria ser agora de 900 euros.
"Mesmo sabendo que o PSD anuncia um sentido de voto por calculismo político e não por convicção política, quero dizer que espero que o PSD não altere a sua posição", disse ainda a deputada, numa critica aos sociais-democratas.
Costa, na resposta, foi perentório: "Vou-lhe poupar o esforço de andar à minha perna e vamos executar o que está previsto no Orçamento do Estado".
O chefe do executivo socialista lembrou ainda que o aumento do salário mínimo para os 557 euros é superior ao montante que resultaria da conjugação da inflação e produtividade (540 euros), e reforçou, sobre a descida da TSU: "A Segurança Social não vai perder dinheiro. Vai receber mais dinheiro do que receberia sem haver a atualização do salário mínimo".