Numa conferência de imprensa realizada em conjunto com o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, o chefe de Estado francês disse a que a França e a União Europeia não vão reconhecer o referendo na Crimeia, que descreveu como "pseudo consulta", porque a sua organização não respeitou o direito interno da Ucrânia, nem o direito internacional.
"Há uma pseudo consulta pública na Crimeia, porque não está em conformidade com a legislação interna da Ucrânia e do direito internacional e "é por isso que a França e a União Europeia não reconhecem a validade desta consulta", sublinhou Hollande.
"O referendo na Crimeia não tem qualquer valor legal. Há que voltar à via da negociação respeitando a integridade territorial da Ucrânia", sustentou.
O presidente francês apelou também à Rússia para que encontre uma solução política que respeite a integridade territorial da Ucrânia e ameaçou com sanções da União Europeia caso "não exista um abrandamento" da situação na Crimeia.
Os responsáveis pela diplomacia da UE vão ter uma reunião na segunda-feira para discutir a aplicação das sanções.
Entretanto, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia indicou hoje que está receber "muitos pedidos para proteger cidadãos pacíficos" na Ucrânia, adiantando que as solicitações "estão a ser considerados".
O presidente do comité organizador da consulta avançou hoje que os resultados preliminares do referendo sobre a reintegração da Crimeia na Rússia vão ser conhecido às 18:00 de domingo (20:00 horas locais), após o encerramento das urnas.
Lusa