Segundo o político ultranacionalista, a recusa de Ília Ponomariov em apoiar um tratado cuja ratificação foi votada favoravelmente por todos os restantes membros da Câmara de Deputados é uma mostra da sua "linha contra o Estado".
"As melhores intenções levaram-nos a cometer um grande erro político", escreveu na quinta-feira no seu blogue Ília Ponomariov, membro do partido Rússia Justa, de matriz social-democrata.
Ponomariov destacou que com a decisão de anexação da Crimeia, após o referendo realizado no passado dia 16, "a Rússia cometeu um grave erro que pode ser trágico para os dois povos irmãos, o russo e o ucraniano, e inclusive para toda a ideia da unidade eslava, e escusado será dizer, para todo o sistema de relações pacíficas".
O deputado disse que não tem dúvidas de que a "Crimeia é russa e que por uma questão de justiça deve estar integrada na Federação".
Mas considerou que não se atuou com a devida atenção e cuidado que se deve ter no campo da política externa, e que a precipitação nas decisões será "contraproducente" desde o ponto de vista dos objetivos que se querem atingir.
Ponomariov, de 38 anos, foi eleito por duas vezes para a Duma.
Em setembro de 2012 foi proibido temporariamente de intervir na Duma depois de classificar a Rússia Unida, formação do Presidente Vladimir Putin, de "partido de vigaristas e ladrões".
Lusa