O navio de desembarque Konstiantyn Olchanski estava destacado no lago Donouzlav, no oeste da Crimeia. Antes do ataque, as forças russas conseguiram bloquear a embarcação ucraniana, uma das poucas que tinha conseguido evitar o controlo de Moscovo.
Quando as forças russas se aproximaram do navio, foram ouvidos tiros e uma grande nuvem de fumo envolveu a embarcação ucraniana, segundo os testemunhos dos jornalistas da France Presse. Momentos depois, um porta-voz ucraniano para a área da Defesa indicou que a tripulação do navio lançou granadas de fumo contra os atacantes.
A república autónoma da Crimeia, território no sul da Ucrânia de população maioritariamente russa, está no centro da tensão entre Moscovo e Kiev desde a destituição, em fevereiro, do presidente ucraniano Viktor Ianukovich, considerado pró-russo.
As autoridades locais da península autónoma recusaram reconhecer o novo Governo ucraniano e referendaram, a 16 de março, uma união com a Rússia, apoiada por 96,77% dos votantes.
A reunificação da Crimeia à Rússia foi ratificada pelo parlamento russo e promulgada pelo Presidente, Vladimir Putin, na semana passada, ignorando os protestos e as sanções impostas pelos países ocidentais.
Lusa