Voo MH370

Malásia avalia tese de terrorismo no desaparecimento do voo MH370

As autoridades da Malásia estão a avaliar  a possibilidade de terrorismo no desaparecimento do avião da Malaysia Airlines  na madrugada de sábado no Golfo da Tailândia quando fazia a ligação entre  Kuala Lumpur e Pequim com 239 pessoas a bordo. 

(EPA/Arquivo)
AHMAD YUSNI

De acordo com o ministro dos Transportes, Hishammuddin Hussein, as agências  de segurança da Malásia, estão a investigar essa possibilidade depois de  informações apontarem para o facto de dois dos passageiros do avião terem  embarcado com passaportes roubados, levantando assim os rumores de terrorismo.

"Ao mesmo tempo que ativamos os nossos serviços de informações, informamos  todas as unidades antiterrorismo dos países relevantes", disse o ministro.

As primeiras informações davam conta que o avião da Malaysia Airlines  tinha desaparecidos na madrugada de sábado às 02:40, mas hoje, o diretor  do Departamento de Aviação Civil da Malásia, Azharuddin Abdul Rahman, já  disse que a aeronave tinha desaparecido dos radares à 01:30 (hora local),  mais de uma hora antes do que inicialmente foi revelado. 

Hishammuddin Hussein disse aos jornalistas ter na sua posse os quatro  nomes de suspeitos a bordo do avião da Malaysia Airlines que a confirmar-se  ter-se despenhado representa o pior desastre de sempre da companhia. 

As autoridades da Malásia estão a investigar a possibilidade de atentado  e verificam os circuitos internos de televisão do aeroporto de Kuala Lumpur,  mas escusam-se a identificar, para já, os passageiros sobre os quais recaem  suspeitas. 

As informações são, contudo, contraditórias dado que, por um lado, o  ministro malaio aponta para quatro nomes do manifesto de passageiros, ao  passo que a autoridade da aviação civil indica apenas dois dos nomes. 

O avião ainda não foi localizado apesar dos inúmeros meios navais e  aéreos de vários países colocados no terreno, no Golfo da Tailândia. 

Além da vasta área de mar a percorrer há ainda outra variante que está  a dificultar as operações que é apurar a hora exata em que a aeronave desapareceu.  A diferença entre as primeiras informações -- 02:40 locais -- e os novos  elementos -- 01:30 locais -- representa uma diferença que pode atingir os  800 quilómetros. 

 

     Lusa