A Direção-geral da Saúde (DGS) e o Instituto Nacional Doutor Ricardo Jorge (INSA) atualizaram, esta sexta-feira, os dados da pandemia, dando conta de subidas em todos os indicadores. Apesar de o índice de transmissibilidade (Rt) estar ainda acima de 1 em todas as regiões, e de manter uma “tendência crescente”, registou-se uma ligeira descida esta semana, fixando em 1,13 a nível nacional.
No boletim desta semana, e como foi anunciado pela diretora-geral Graça Freitas, os novos casos passam a incluir “todos os casos de primeira infeção e reinfeção por SARS-CoV-2”. Feito este esclarecimento, o relatório da DGS que reporta à semana de 17 a 23 de maio indica que foram reportados 188.970 novos contágios (mais 12.699 em relação à semana anterior).
Mais de metade dos novos casos foram reportados na região Norte (71.057). Segue-se Lisboa e Vale do Tejo (66.341) e ainda mais distante a região Centro (28.986). Mais atrás surge o Alentejo (8.758), Algarve (6.548), os Açores (5.280) e a Madeira (2.000). Foi também a Norte que se registaram mais óbitos (85).
Quanto à ocupação hospitalar, cujos números são referentes à segunda-feira anterior à publicação do relatório, ou seja, a dia 23, o boletim indica que, na última segunda-feira, estavam internadas 1.842 pessoas, mais 392 do que no mesmo dia da semana anterior, com 99 doentes em unidades de Cuidados Intensivos (mais 15).
Já se encontra disponível o Relatório de Situação Semanal de 27 de maio, referente ao período compreendido entre os dias 17 e 23 de maio.#Saúde #SNS #COVID19PT #estamoson #sejaumagentedesaudepublica pic.twitter.com/SoV7LjiP43
— DGS (@DGSaude) May 27, 2022
Internamentos e mortalidade continuam a preocupar
A epidemia “mantém uma incidência muito elevada, com tendência crescente“, nomeadamente no “impacto nos internamentos e na mortalidade específica por covid-19”, alerta o Relatório de Monitorização da Situação Epidemiológica, divulgado pela DGS e INSA.
O número de novos casos por 100 mil habitantes, acumulado nos últimos sete dias, foi superior à semana anterior – 1.835 casos – e a tendência mantém “crescente a nível nacional e das regiões [autónomas da Madeira e Açores]”.
Também o número de doentes internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) aumentou, “correspondendo a 38,8% (no período anterior em análise foi de 32,9%) do valor crítico definido de 255 camas ocupadas”, assim como a “mortalidade específica por covid-19 (41,0 óbitos em 14 dias por um milhão de habitantes), que apresenta “uma tendência crescente”.
Em sentido inverso está o Rt. Apesar de continuar acima de 1 a nível nacional e em todas as regiões, registou uma descida considerável em relação à semana anterior – era de 1,23 e está, neste momento, em 1,13. Ainda assim, as autoridades de saúde alertam que a tendência é “crescente”.
Destaque ainda para a “razão entre o número de pessoas internadas e infetadas [que] foi de 0,10 com tendência decrescente”. Quanto a variantes, e tal como já tinha sido avançado pelo INSA esta semana, a linhagem BA.5 da variante Ómicron “é dominante, registando uma frequência relativa estimada de 79%”.
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