Em entrevista à SIC Notícias, Vítor Silva, engenheiro civil especializado em sismologia, – acerca da atual situação na ilha de São Jorge, nos Açores – diz que existe “uma redução na atividade sísmica” pelo que “não estamos perante uma erupção iminente”.
A ilha de São Jorge, nos Açores, já conta com 12,700 abalos desde o início da crise sismo-vulcânica, o que contribuiu para que 2,500 pessoas deixassem o concelho de Velas com destino a Calheta, município na Ilha da Madeira.
“Chegamos a ter alguns sismos de magnitude 3.3 a 3.6”, mas “parece que temos uma redução na atividade sísmica” disse Vítor Silva, engenheiro civil especializado em sismologia, em entrevista à SIC Notícias na manhã desta segunda-feira.
“Temos é aqui o problema dos sismos mais fortes. Nós vimos no historial dos Açores que, infelizmente, não é preciso termos uma magnitude muito forte para causar dano”, afirmou, garantindo, no entanto, que “não estamos perante uma erupção iminente”.
Relativamente a futuros cenários, o engenheiro está convicto de que, mesmo que ocorra um sismo forte, “como foi visto em 1980 ou em 1964”, o impacto não será “catastrófico” porque “o edificado que nós temos agora é muito diferente”.
“Podemos ter é sismos de magnitude que nem são muito altos, mas que devido às condições atmosféricas podem destabilizar alguns taludes e depois podemos ter os tais deslizamentos de terra, que podem causar os cortes das vias ou até afetar algumas habitações”, concluiu Vítor Silva.
Devido ao mau tempo na ilha de São Jorge, 10 pessoas já ficaram isoladas.
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