Cultura

Michel Houellebecq vence Prémio Goncourt 2010

O escritor Michel Houellebecq é o vencedor do Prémio Goncourt 2010, um dos mais importantes prémios literários franceses, pelo romance "La Carte et le Térritoire" (O Mapa e o Território), foi hoje anunciado.

O júri da Academia Goncourt dividiu-se em sete vozes a favor de Houellebecq, considerado o "enfant terrible" da literatura francesa, e duas vozes a favor de Virginie Despentes, pela obra "Apocalypse bébé".



Nos últimos dez anos, Michel Houellebecq - um dos escritores franceses mais traduzidos em todo o mundo - tem sido regularmente apontado como favorito para receber o galardão.



Houellebecq, de 52 anos, lançou o primeiro romance em 1994, intitulado "Extension du domaine de la lutte" (Extensão do domínio da Luta) e tem sido classificado como um "professor de desespero".



Nesta obra premiada com o Goncourt, que satiriza o mundo da arte parisiense, descreve com uma frieza clínica a miséria afetiva e sexual do homem moderno, em solidão absoluta.



Este quinto romance, saudado pela crítica de uma forma quase unânime, é no entanto descrito como tendo um tom menos desesperado.



No seu conjunto, a obra de Houellebecq tem vindo a gerar polémica, seja por críticas de sexismo, racismo e obscenidade, seja por acusações de plágio, alegadamente por ter retirado trechos inteiros da wikipedia.



Entre as obras do autor francês editadas em Portugal contam-se "A Possibilidade de uma Ilha" (Dom Quixote), "Plataforma" (Bertrand), "Extensão do domínio da Luta" (Quasi) e "Partículas Elementares" (Temas & Debates)



(Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico)



Com Lusa