Barreto Xavier estava desde quarta-feira de visita aos Estados Unidos, onde se reuniu com a comunidade artística portuguesa residente em Nova Iorque e com responsáveis políticos e culturais em Washington.
O secretário de Estado teve reuniões relacionadas com a participação portuguesa no Festival Ibérico do Kennedy Center for the Performing Arts, em 2015, e disse à agência Lusa que "foram abertas possibilidades de colaboração que vão além do que estava previsto."
Num encontro com responsáveis da Biblioteca do Congresso, por exemplo, "foi abordada a possibilidade de fazer uma programação sobre o país durante o festival no Kennedy Center, com eventos mais na área da literatura e da História."
Uma programação específica sobre Portugal foi também discutida com a presidente da Brooklyn Academy of Music, Karen Brooks Hopkins.
Barreto Xavier reuniu-se ainda com o secretário do Instituto Smithsonian, Wayne Clough, para perceber que trabalho pode ser feito nesta instituição no seguimento da "Encompassing the Globe", a grande exposição organizada por Portugal em 2007.
"Foi um encontro muito raro, no sentido de que o secretário raramente está disponível para ter estas reuniões, e abordamos várias possibilidades de colaboração", explicou Barreto Xavier.
O português esteve ainda com a secretaria de Estado adjunta norte-americana para a Educação e Cultura, Evan Ryan.
Durante a viagem, o secretário de Estado defendeu a necessidade de um trabalho sistemático de diálogo com as grandes instituições norte-americanas.
O responsável disse que "não e fácil determinar as dificuldades" de projeção dos artistas nacionais nos Estados Unidos, mas que este "mercado é muito competitivo e existe uma correlação muito grande entre a presença de artistas contemporâneos nas galerias e nos grandes museus com mecanismos de ordem financeira."
"São questões triviais e que não correspondem a qualidade dos artistas, temos artistas de enorme qualidade, que são bons em todo o mundo", acrescentou.
Lusa