"Faz brilhar a tua luz -- Ilumina a tua cidade", o conceito apresentado por este município no oeste da Roménia é "uma metáfora que recorda que Timisoara foi fundada nos princípios do iluminismo, da tolerância, do multiculturalismo e das várias confissões religiosas", disse aos jornalistas Simona Neumann, chefe da associação que apresentou a candidatura.
"Fala também da luz interior, da energia cívica dos cidadãos (...) que culminou com a Revolução de 1989. Estes valores cívicos devem ser revitalizados", acrescentou.
Este é o segundo município romeno a receber este título, depois de Sibiu, que foi Capital Europeia da Cultura em 2007, ano de entrada da Roménia no bloco europeu.
O anúncio desta nova nomeação foi feito numa conferência de imprensa em Bucareste por Steve Green, presidente de um comité de avaliação composto por peritos independentes designados pela UE.
O projeto deverá ser desenvolvido através de um orçamento estimado em 48,5 milhões de euros, distribuídos por seis anos, 2017-2022, e dos quais 25 milhões serão atribuídos pelas autoridades locais. O montante remanescente deve ser coberto pelos projetos financiados pelos fundos europeus, governamentais e privados.
Terceira maior cidade do país, com cerca de 320.000 pessoas, incluindo os membros das minorias húngaras, sérvias e alemães, Timisoara é a cidade onde rebentou em dezembro de 1989 a revolta que levou à queda do ditador comunista Nicolae Ceausescu.
Três outros municípios romenos estavam nesta corrida cultural depois de uma exibição em dezembro de 2015: Bucareste, Baia Mare (norte) e Cluj-Napoca, na Transilvânia.
A União Europeia irá designar ainda este ano outras duas Capitais Europeias da Cultura para 2021, uma cidade grega e uma outra de um país candidato ou potencial candidato ao bloco.
Lusa