A arquitetura brutalista - assim ficou caracterizado o estilo modernista dos edifícios em todo o bloco soviético - teve o seu expoente na antiga Jugoslávia.
O interesse pelo estilo está a aumentar - e está agora em exibição no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA) numa exposição intitulada "Toward a Concrete Utopia: Arquitetura na Jugoslávia, 1948-1980" (Por uma utopia concreta, um trocadilho com concrete que em inglês significa cimento).
O brutalismo caracteriza-se pelas formas brutas, em forma de blocos moldados em cimento. Após a II Guerra Mundial, a Jugoslávia socialista, liderada por Josip Broz Tito, decidiu reconstruir uma terra destruída pelos combates. Blocos residenciais, hotéis, centros cívicos e monumentos, todos feitos de cimento, são construídos por todo o país. A arquitetura queria mostrar o poder de um Estado entre dois mundos - a democracia ocidental e o leste comunista, procurando criar o seu próprio caminho e criar uma utopia socialista.
"Temos dezenas de pessoas todas as semanas interessadas em fazer nosso passeio de Yugo [carro da antiga Jugoslávia] pelos marcos da cidade construídos entre os anos 1950 e 1980", disse à agência Reuters Vojin Muncin, gerente da agência de turismo Yugotour, que guia os turistas pela capital sérvia nos Yugos.
“A Torre Genex está entre as que captam mais a atenção, porque as pessoas vêem-na no caminho do aeroporto".
Hoje, um dos pilares está vazio, enquanto o outro é residencial. O restaurante rotativo foi aberto pela última vez nos anos 90.
Já a pensar em capitalizar o interesse cada vez maior nas relíquias da antiga Jugoslávia, as autoridades de Belgrado estão a considerar abrir ao público partes de outra obra-prima do brutalismo jugoslavo - o prédio do governo de Palata Srbija, que atualmente está aberto apenas uma vez por ano.