Morreu o artista plástico, Julião Sarmento, aos 72 anos. Destacava-se nas artes portuguesas pela sólida carreira internacional: representou Portugal na Bienal de Veneza, em 1997, e esteve presente em todas as grandes feiras mundiais desde a década de 1970.
Os trabalhos mais recentes estão em exposição, desde março, na Galeria Giorgio Persano, em Turim, Itália. Chama-se Sobre Goya e partiu de uma exposição que Julião viu em Madrid, antes do desconfinamento.
Julião Sarmento não pode ir ver os seus trabalhos a Itália, primeiro por causa do confinamento e depois devido ao sarcoma galopante. Morreu esta terça-feira, pela manhã, em Lisboa. Os seus trabalhos continuarão a ser vistos, literalmente, por todo o mundo.
Era o mais internacional dos artistas portugueses e, mesmo sem nunca ter deixado de viver em Portugal, viajou por todo o mundo devido ao trabalho e aos amigos que foi conquistando.
O improvável filho único e neto único que, por causa de uma tia, rompeu as tradições familiares e atirou-se para Belas Artes. Os pais só foram ver uma exposição dele, muito tarde, quando já era um artista consagrado. Julião tinha revolucionado os anos 70 e 80. E, mesmo assim, e manteve-se único, simples e divertido.