Inaugura, esta sexta-feira, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, uma exposição que revela a faceta de fotógrafo do cineasta Manoel de Oliveira.
A incursão de Manoel de Oliveira na imagem estática deu-se no final dos anos 30.
Durante 14 anos, até ao filme "O Passado e o Presente", dedicou-se à atividade fotográfica e à experimentação.
A exposição revela a estreita relação entre a fotografia e o cinema, mesmo em projetos que não se concretizaram, como o documentário que nunca chegou a realizar sobre os cursos de pilotagem do Aeroclube do Porto.
O pedido para fotografar uma familiar morta, através da máquina que sempre o acompanha, serviu de inspiração para o filme "O Estranho Caso de Angélica".
O Douro que tantas vezes apareceu em filmes também foi captado pela lente fotográfica, entre outras paisagens e retratos, como os que tirou à sua companheira.
Entre as 120 fotografias da exposição, há apenas duas que foram publicadas: "A Menina e o Gato", e outra, para o sexto salão de Arte Fotográfica, tendo sido escolhidas entre milhares do acervo da casa do Cinema Manoel de Oliveira / Fundação de Serralves.
A entrada é livre para se conhecer uma faceta desconhecida do cineasta na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.