Bob Dylan vai tocar no Coliseu do Porto a 2 de junho e no Campo Pequeno, em Lisboa, a 4 e 5 de junho, no âmbito da digressão "Rough and Rowdy Ways", anunciou hoje a promotora, acrescentando que os bilhetes são colocados à venda a 15 de março.
Digressão europeia
A parte europeia da digressão do disco "Rough and Rowdy Ways", editado em 2020, vai começar no Porto, seguindo, depois de Lisboa, para cidades como Madrid, Granada, Alicante, Huesca, San Sebastian, Logroño, Barcelona, Carcassone, Aix-en-Provence e Lyon, estando ainda para ser anunciadas mais datas, segundo o 'site' do músico.
"Rough and Rowdy Ways" foi o 39.º álbum da discografia do músico de 81 anos, mas foi também o primeiro com temas inéditos em oito anos, desde que lançou "Tempest", em 2012, e foi distinguido com o Prémio Nobel da Literatura, quatro anos mais tarde.
Pelo meio, lançou outros registos discográficos de versões, como "Shadows in the Night", de 2016, o triplo álbum "Triplicate", do ano seguinte.
"Rough and Rowdy Ways" abre com "I Contain Multitudes" e encerra com o longo tema "Murder Most Foul", que Bob Dylan divulgou em março de 2020, em plena pandemia covid-19, e que é uma reflexão sobre o assassinato do presidente norte-americano John F. Kennedy.
Poeta e Nobel da Literatura
Bob Dylan é uma figura incontornável da história da música popular norte-americana, soma quase 40 álbuns discográficos - o último dos quais editado em 2020 - e mais de 125 milhões de discos vendidos em todo o mundo.
Em 2016, foi distinguido com o Nobel da Literatura por, segundo a Academia Sueca, "ter criado novas expressões poéticas no âmbito da música norte-americana".
Em Portugal, a obra literária do autor tem sido publicada pela Relógio D'Água, designadamente o primeiro (e até agora único) volume da autobiografia, "Crónicas", o livro de ficção experimental "Tarântula" (de 1966), e os dois volumes de "Canções" (1962-1973 e 1974-2001).
O anúncio do concerto acontece um mês depois de ser colocado à venda em Portugal o livro "A Filosofia da Canção Moderna", pela Relógio d'Água, no qual o Nobel da Literatura de 2016 "expõe a sua perspetiva da natureza da música popular".