Em 1955, Emmet Till tinha 14 anos quando embarcou numas férias fora de Chicago, onde vivia com a família. Já no Mississipi, um Estado em que o racismo reinava na década de 50, o maior receio da mãe do jovem acabou por acontecer.
Depois de ter sido acusado de ofender uma mulher branca, Emmett foi torturado, assassinado e atirado a um rio onde foi encontrado 3 dias depois. Um caso real que nunca teve culpados.
Apesar do avançado estado de decomposição, Mamie Till, a mãe de Emmett, quis mostrar ao público o corpo do filho. Um papel vestido por Danielle Deadwyler para dar voz a um dos símbolos da luta contra o racismo nos Estados Unidos nas décadas seguintes.
“É um filme sobre o amor de uma mãe” e “sobre a busca pela justiça e as formas como encontramos a coragem, dentro de nós e aquilo eu somos capazes de fazer por isso”, disse a atriz Danielle Deadwyler, em entrevista à SIC Notícias.
A atriz garante que mesmo tendo passado tantos anos desde a situação real, as coisas não mudaram “porque ainda há pessoas a ter mortes terríveis aos mãos de figuras da autoridade. Ainda há muito trabalho importante a ser feito para garantir que as pessoas continuam a viver e que as pessoas de cor possam estar juntas. Isto tudo é para isso”.
Vencedor de vários prémios, o filme "Justiça para Emmett Till" já pode ser visto nos cinemas portugueses.