Cultura

Várias personalidades brasileiras homenageiam Rita Lee nas redes sociais

A ministra da Cultura do Brasil afirmou estar emocionada com a morte da cantora brasileira, que também foi mencionada honrosamente por Lula da Silva, Gilberto Gil, Pitty e Marisa Monte.

Várias personalidades brasileiras homenageiam Rita Lee nas redes sociais
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A cantora e ministra da Cultura do Brasil, Margareth Menezes, emocionou-se hoje no Senado ao saber da morte da 'rainha do rock' brasileiro Rita Lee, que apelidou de "mulher revolucionária" e referência para todos os artistas.

"Eu mesma, sinceramente, durante muito tempo na minha vida, na construção da minha vida, além de ser ligada naturalmente na música, também pela referência. A gente vê as coisas que ela construiu, ela e o Roberto de Carvalho [marido de Rita Lee] . É um momento duro receber essa notícia", afirmou Margareth Menezes, durante uma comissão de Educação do Senado, que teve de ser interrompida.

Para a ministra “Rita Lee, não é nem uma questão direta de amizade, apesar do reconhecimento. Mas é pelo que ela simboliza para o Brasil, para a música popular brasileira, como uma mulher revolucionária”. Após estas declarações, pediu um minuto de silêncio em memória da 'rainha do rock' brasileiro e do ex-deputado federal David Miranda, que morreu esta manhã, aos 37 anos.

Reações à morte de Rita Lee

Várias personalidades, desde a política, ao mundo das artes, já reagiram à morte de Rita Lee na noite passada em São Paulo, aos 75 anos, que tinha sido diagnosticada em 2021 com um cancro no pulmão.

O Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, já lamentou a morte da cantora, através da rede Twitter.

"Rita Lee Jones é um dos maiores e mais geniais nomes da música brasileira. Cantora, compositora, atriz e multiinstrumentista. Uma artista à frente do seu tempo. Julgava inapropriado o título de 'rainha do rock', mas o apelido faz jus à sua trajetória. Rita ajudou a transformar a música brasileira com sua criatividade e ousadia. Não poupava nada nem ninguém com o seu humor e eloquência", afirmou.

Nas redes sociais, artistas com quem dividiu o palco e que se inspiraram na 'rainha do rock brasileiro' lamentaram a sua morte.

"Comadre Rita, Anibal, cabrinha, caprichosa capricorniana, amiga... Descansa, minha irmã. Amo você. Um abraço fraterno da família Gil nos meninos Roberto, Beto, João e Antonio, nos familiares e amigos e nos fãs, assim como eu", escreveu o cantor Gilberto Gil numa mensagem publicada no Istagram.

"Estou em frangalhos. A Maior nos deixa hoje... que dia triste. Ritinha, te amarei para todo sempre! Meus sentimentos à família, aos amigos. Brilhará eternamente pra mim. Nunca haverá outra Rita Lee. Obrigada por existir!", escreveu a cantora brasileira Pitty na rede social Twitter.

Também a artista brasileira Marisa Monte, com cinco Grammy Latinos, recordou: "Um farol, uma deusa, padroeira da liberdade, rainha, mestra, génia, incomparável. Obrigada. Te amo para sempre!".

De Portugal, a Contraponto Editores, que divulgou no país a autobiografia da cantora e que se preparava para a publicação do seu mais recente livro 'Outra Autobiografia' manifestou "a mais profunda tristeza pela morte de Rita Lee".

"Excêntrica, aventureira, criativa e ousada, Rita Lee levou ao palco a sua essência e talento, não deixando que ninguém cantasse - ou contasse - a sua história por si. Considerada um dos nomes maiores da música brasileira, a artista será recordada por temas que vão acompanhar várias gerações, bem como pela sua gargalhada sonora e pela genuinidade com que viveu, pondo as suas glórias em pé de igualdade com os seus tropeços", acrescentou a editora.

O percurso de Rita Lee

A 'rainha do rock' vendeu mais de 55 milhões de discos, cheios de canções que fazem parte da cultura popular brasileira que, além do rock, transitam em diferentes géneros.

Entre as suas músicas mais famosas estão sucessos como "Mania de Você", "Lança Perfume", "Baila Comigo", "Banho de Espuma", "Desculpe o Auê", "Amor e Sexo", "Reza", "Menino Bonito", "Flagra" ou "Doce Vampiro", que se tornaram temas de novelas.

Polémica, Rita Lee anunciou que o seu espetáculo de despedida aconteceria em Aracaju, no dia 28 de janeiro de 2012, quando afirmou que deixaria de se apresentar em palcos, mas não de fazer música.

Terminada a apresentação, ela e o seu marido, Roberto de Carvalho, acabaram presos por desacato à autoridade ao protestarem contra polícias que repreendiam espetadores que estariam fumando marijuana no local.

O velório da cantora, que é um dos ícones da música brasileira, será aberto ao público, no Parque Ibirapuera, em São Paulo, esta quarta-feira.