Há 40 anos, Bob Geldof foi o impulsionador de um momento que ficou para a história. Os parabéns ao Live Aid só podiam ter acontecido num palco. O mentor do concerto de 1985 juntou-se ao elenco do musical, em exibição em Londres, que conta a história do momento. E sobre um dos momentos da história atual, Geldof disse:
"Perguntam-me constantemente por que não fazer um Live Aid para a Palestina e acabar com esse horror. A verdade é que a música pop já não faz isso; naquela altura, a música pop era a espinha dorsal da sociedade, definia o que podíamos articular, quem éramos e para onde devíamos ir. Hoje em dia, isso foi substituído pelas redes sociais. Por isso, um concerto não funcionaria. A resposta para o fim da Palestina é sempre: qual é? A solução dos dois Estados. No entanto, o fim da Palestina é simplesmente parar de matar pessoas. É isso que é o fim", afirma Bob Geldof.
Na celebração, um abraço ao coorganizador do Live Aid. E a presença de um dos protagonistas do momento mais marcante do concerto: Brian May, guitarrista dos Queen.
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A 13 de julho de 1985, realizava-se, ao mesmo tempo, no Estádio de Wembley, em Londres, e no Estádio John F. Kennedy, em Filadélfia, nos Estados Unidos, um concerto para angariar fundos para ajudar a combater a fome na Etiópia. Juntou nomes como David Bowie, Mick Jagger, Tina Turner, Madonna e, ainda, os U2, que relembraram o momento nas redes sociais.
O espetáculo chegou, através da televisão, a 1,5 mil milhões de pessoas de 140 países e arrecadou 100 milhões de dólares. Para sempre ficou o hino, "Do They Know It's Christmas?".