Desporto

"Coluna estará sempre connosco", diz Luís Filipe Vieira

O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira,  lamentou hoje a morte do ex-jogador Mário Coluna, que classificou como "um  génio que engrandeceu o futebol" e projetou o clube para "uma dimensão mundial".

ANTÓNIO SILVA

Numa mensagem colocada na página oficial do clube, Luís Filipe Vieira  começa por admitir não ser fácil despedir-se de "alguém a quem a vida já  consagrou entre os maiores", que tem um percurso de vida "único" e um legado  que irá "perdurar muito para além dele". "Dizem que quando nascemos, nascemos todos iguais. Mentira! Coluna nasceu  diferente, para melhor, para bem melhor. Foi e será sempre um génio que  engrandeceu o futebol e projetou o Sport Lisboa e Benfica para uma dimensão  mundial", acentua. 

Para o presidente do clube da Luz, "o exemplo de Mário Coluna não é  apenas património do Benfica, é património do futebol, a pátria onde verdadeiramente  Coluna sempre esteve mais à vontade". 

Vieira sublinha que Coluna "ganhou em vida a admiração daqueles que  tiveram o privilégio de o ver jogar, mas ganhou igualmente o respeito e  o reconhecimento de todos quantos, não tendo tido a oportunidade de ver  o seu futebol, sabem por relatos e testemunhos que ele foi dos maiores talentos  da sua geração.  "Coluna estará sempre connosco. Estará presente nos nossos dias porque  ganhou esse direito, com o seu exemplo e com as suas conquistas. Até breve,  Coluna", conclui o presidente do Benfica. 

Mário Coluna, antigo capitão do Benfica e da seleção portuguesa, morreu  hoje, em Maputo, vítima de uma infeção pulmonar grave. Com 78 anos, estava  internado desde domingo no Instituto do Coração, na capital moçambicana,  onde já tinha dado entrada em 2012 devido a um ataque cardíaco. 

Nascido em Inhaca, Moçambique, a 06 de agosto de 1935, Coluna conquistou  a Taça dos Campeões Europeus em 1961 e 1962 - com um golo em cada final  -, foi campeão nacional 10 vezes e conquistou a Taça de Portugal em sete  ocasiões ao serviço do Benfica, clube que representou entre 1954 e 1970,  fazendo 525 jogos oficiais. 

Com a camisola da seleção portuguesa, efetuou 57 jogos e marcou oito  golos, envergando a braçadeira de capitão quando Portugal foi terceiro classificado  no Mundial de 1966, em Inglaterra, que ainda hoje continua a ser a melhor  classificação lusa em campeonatos do Mundo. 

Em Moçambique, no início da carreira, alinhou pelo Desportivo de Lourenço  Marques, tendo encerrado o percurso como jogador no Estrela de Portalegre  (1971/72), depois de uma época no Olympique de Lyon, em França. 

 

     

Lusa