A equipa alemã que participará nos Jogos já se encontra em Sochi e é quase certo que competirá no evento, não existindo motivos de preocupação com a segurança, disse a mesma responsável.
Por outro lado, o boicote governamental pretende ser "um sinal político muito claro para a Rússia", referiu a comissária alemã para as desigualdades, Verena Bentele.
Bentele salientou ainda à televisão ZDF que o ministro dos negócios estrangeiros da Alemanha, Guido Westerwelle, não vê qualquer ameaça a que cidadãos possam assistir aos Jogos.
O presidente russo, Vladimir Putin, deverá marcar presença na cerimónia de abertura dos Jogos, que têm início na sexta-feira e contarão com 1.600 atletas paralímpicos de 45 países, mas o evento estará "manchado" pela crise na Ucrânia.
A tensão entre a Ucrânia e a Rússia agravou-se na última semana, após o afastamento do ex-presidente Viktor Ianukovich e a presença de militares russos na Crimeia, península do sul do país onde está localizada a frota da Rússia do Mar Negro.
Na terça-feira, em conferência de imprensa, Vladimir Putin alegou que interveio na Crimeia a pedido de Ianukovich e anunciou que mantém o "direito de atuar" na Ucrânia, em último recurso, para defender cidadãos russos.
A crise na Ucrânia começou em novembro com protestos contra a decisão de Ianukovich de recusar a assinatura de um acordo de associação com a UE e promover uma aproximação à Rússia.
Em fevereiro, após meses de manifestações e confrontos no centro de Kiev, Ianukovich foi afastado, tendo tomado posse um novo governo, pró-ocidental.
Em declarações posteriores, Ianukovich continua a apresentar-se como o Presidente legítimo da Ucrânia, posição que conta com o apoio da Rússia.
Lusa