"Foi uma grande emoção, já merecia este resultado. Treinei, consegui e estou superfeliz. Acreditei sempre, hoje tentei concentrar-me, a ver vídeos de quando fui campeã da Europa, em 2012, e sai do quarto a pensar que tinha de conquistar uma medalha para dedicar ao meu pai, que é quem me faz falta", afirmou a atleta do Benfica à assessoria de imprensa da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA).
Dulce Félix concluiu a primeira final dos Europeus em 31.19,03 minutos, melhorando o seu recorde pessoal na distância, a 6,17 segundos da turca de origem queniana Yasemin Can, que se sagrou campeã da Europa.
Após a cerimónia do pódio, Dulce Félix, que já tinha o título europeu na dupla légua em 2012, agradeceu o apoio recebido e alargou a dedicatória: "Obrigada por estarem atentos à minha carreira, também fazem parte desta medalha, gostava de dedicar esta medalha a todos os portugueses."
Sameiro Araújo, treinadora da benfiquista, também em declarações à FPA, partilhou a convicção de Dulce Félix após a partida para a prova.
"Depois de ver o início da corrida, sabia que dificilmente não conseguiria uma medalha. Por norma, estas provas são em ritmo demasiado lento e a Dulce, a treinar para a maratona, não estava suficientemente rápida para disputar o 'sprint' final. Felizmente, foi uma corrida rápida e a Dulce sai com a medalha de prata e um recorde pessoal, que ela já valia há bastante tempo", rematou a também vereadora do Desporto da Câmara Municipal de Braga.
Na mesma prova, Sara Moreira, que tinha o melhor registo de 2016, esteve na luta pelas medalhas quase até ao fim, mas acabou por desistir e Salomé Rocha, que descolou cedo, concluiu em 12.ª, em 32.57,44.
Lusa