Paz, consternação e boas histórias marcaram, esta quinta-feira, a despedida ao antigo futebolista Fernando Chalana, falecido na quarta-feira, numa cerimónia fúnebre que decorre na capela da Basílica da Estrela, em Lisboa.
As portas da câmara ardente na Basílica da Estrela, em Lisboa, abriram às 19:00 e figuras públicas, ligadas ou não ao Benfica, e diversos cidadãos foram chegando para prestar homenagem a Fernando Chalana.
As memórias e as histórias eram tantas quantas as pessoas que cruzavam as portas. As cores variavam entre o luto e o encarnado. Sinal de luto e de memórias pelo antigo jogador do Benfica.
Fernando Gomes (presidente da Federação Portuguesa de Futebol), Humberto Coelho, Carlos Manuel, Gaspar Ramos, Shéu e Toni foram, entre outros, das primeiras caras conhecidas a estarem presentes.
Para Toni o futebol português ficou mais pobre há mais tempo, não só agora com o falecimento de Fernando Chalana.
“O ‘Pequeno Genial’ partiu, mas ele estará sempre nos nossos corações. Nos corações benfiquistas e na seleção nacional, onde escreveu páginas de ouro. O futebol ficou mais pobre quando ele terminou a carreira”, afirmou.
Por sua vez, Humberto Coelho, que acompanhava Fernando Gomes e José Couceiro, recordou “o jogador fabuloso e o grande amigo”.
“O que guardo dele é o brilho nos olhos com que ficava depois de fintar um adversário. Ele não era um jogador mecanizado. A magia vinha dentro dele de forma natural. Chalana foi uma das maiores figuras do futebol português. Tinha uma qualidade acima da média e era admirado por todos. Se jogasse hoje era candidato à Bola de Ouro. Seria um Messi”, admitiu.
A Presidência da República enviou uma coroa de flores onde se podia ler “Sentida Homenagem do Presidente da República”.
O antigo futebolista internacional português Fernando Chalana, que fez grande parte da sua carreira no Benfica e era conhecido como o “Pequeno Genial”, morreu, na quarta-feira, aos 63 anos.
Com início da formação no Barreirense, Chalana, 27 vezes internacional por Portugal, chegou ao Benfica em 1974/75, ainda com idade de júnior e mudou-se em 1984/85 para o Bordéus de França, no qual esteve três anos antes de regressar às “águias”, terminando a carreira com uma época no Belenenses (1990/91) e outra no Estrela da Amadora (1991/92).
O último adeus a Chalana realiza-se, esta sexta-feira, no Cemitério do Alto de São João, numa cerimónia restrita à família.