A seleção feminina do Brasil viajou para o Mundial de Futebol da Austrália e da Nova Zelândia num avião especial. O Dreamliner 787 que transportou as jogadoras exibe um tributo aos iranianos Mahsa Amini e Amir Nasr Azadani.
A imagem de Mahsa Amini, a jovem iraniana que morreu sob custódia da “polícia da moralidade” depois de ter sido detida por usar o hijab inapropriadamente, surge num dos lados do avião, com a frase “nenhuma mulher devia ser obrigada a tapar a cabeça”.
Do outro lado, pode ver-se a imagem de Amir Nasr Azadani, um jogador de futebol de 26 anos que foi executado por ter participado nos protestos. No corpo do avião, lê-se “nenhum homem devia ser executado por dizer isto”.
O Brasil irá participar no Mundial de Futebol Feminino da Austrália e da Nova Zelândia, mas o Irão não estará representado nesta competição mundial.
Em 2022, o Irão integrou as seleções que disputaram o Mundial de Futebol no Qatar. Os jogos foram motivo para vários protestos, tanto dentro como fora dos estádios.
A FIFA e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não comentaram a utilização do avião que presta tributo a Mahsa Amini e Amir Nasr Azadani para transportar as jogadoras da seleção feminina.