Desporto

"Estou aqui para as curvas": Fernando Pimenta feliz com os ouros no regresso a Portugal

O canoísta de Ponte de Lima conquistou mais duas medalhas de ouro - uma delas em conjunto com Jorge Ramalho. Desde o início do ano, Pimenta soma já 13 medalhas, tendo ficado fora do pódio apenas uma vez devido a problemas técnicos.

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Fernando Pimenta chegou esta segunda-feira a Portugal. O canoísta aterrou no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, onde foi recebido em festa.

Pimenta traz duas medalhas de ouro dos Campeonatos de Maratonas, que decorreram na Dinamarca. O canoísta de Ponte de Lima conquistou a medalha de ouro na short race e também em K2, em conjunto com José Ramalho.

“A fórmula é o trabalho. Não existem segredos, a pólvora já foi inventada, não existe outra forma de a inventar”, diz o atleta à SIC Notícias.

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Fernando Pimenta destaca ainda que está “aqui para as curvas” e que ainda é “quase um criança” nesta modalidade.

“Estou a demonstrar que, afinal, apesar de ter 34 anos, ainda sou quase uma criança nisto, porque vivo de uma forma bastante intensa cada prova, com muita emoção”, garante.

Apurado para os Jogos Olímpicos do próximo ano, em Paris, a meta está traçada: ser o primeiro português a vencer 3 medalhas olímpicas.

“Acho que é possível, depois daquilo que tenho demonstrado nos últimos anos. Apesar de, depois de Tóquio, quase me apelidarem de velho, de já não ter força física e psicológica para conseguir os resultados”.

13 medalhas só em 2023

O canoísta português soma já 13 medalhas nas principais provas internacionais de 2023, onde se inclui a medalha de ouro nos Mundiais K1 1.000 metros. Para o canoísta, esta é uma das “melhores épocas de sempre”.

"Sem dúvida, é uma das minhas maiores épocas de sempre. Só me faltou o título europeu, mas também não tive a minha especialidade. Fui medalha em todas as competições em que participei, mesmo não sendo a minha especialidade [maratonas]. Tenho de estar supercontente", afirma o canoísta, citado pela Lusa.

Nos Jogos Europeus, em Cracóvia, na Polónia, que valeram como Campeonato da Europa, o lago onde decorreu o evento não era suficientemente grande para albergar as provas de K1 1.000 e 5.000 metros, pelo que as mesmas não se realizaram, de forma excecional e inédita na história da modalidade.

De resto, nos 14 desafios em que competiu esta época, o duplo medalhado em Jogos Olímpicos apenas falhou o pódio do K1 5.000 metros da primeira Taça do Mundo, na Hungria, "porque o leme partiu" e teve de abandonar.

"Não me recordo de haver muitos atletas a conseguir medalha em Mundiais em distâncias e categorias diferentes, na maratona e na velocidade, separados por apenas uma semana e meia. Estou muito contente com o trabalho, resultou perfeito", congratulou-se.