Jorge Vilda, treinador da seleção feminina espanhola, foi destituído esta terça-feira pela Federação Real Espanhola de Futebol, segundo o jornal Marca.
O técnico de 42 anos, que conseguiu levar as jogadoras espanholas à conquista do Campeonato do Mundo, foi despedido após oito anos à frente da equipa que representa as cores da Espanha.
Apesar de ter tido o contrato renovado por Luis Rubiales a 25 de agosto, a atual comissão chefiada por Pedro Rocha decidiu que o caminho de Vilda na seleção chegou ao fim.
O ex-selecionador já estava envolvido em muitas polémicas com a seleção feminina, onde dezenas de jogadoras se recusaram a jogar pela seleção até ser demitido por diversas acusações de abuso.
Vilda acabou por ficar e muitas jogadoras, inclusive Alexia Putellas, melhor futebolista feminina do mundo, regressaram aos trabalhos, não querendo perder a oportunidade de jogar o Mundial na Austrália e Nova Zelândia.
A união do grupo garantiu o troféu da competição, mas algumas colegas ficaram para trás, tendo em conta a decisão da Federação espanhola - na altura liderada por Rubiales - de manter o treinador Jorge Vilda.
Para além disto, Vilda ainda se encontrou noutra polémica, desta vez em torno do próprio presidente da Federação. Luis Rubiales beijou Jenni Hermoso, sem consentimento, segundo a jogadora, após a conquista do mundial e defendeu-se perante a Assembleia Geral Extraordinária da RFEF.
Neste discurso em que acusa as jogadoras de “falso feminismo" e declara que o beijo foi consensual, Jorge Vilda aplaudiu e apoiou o ex-presidente.
Porém, veio-se retratar e lamentou o "comportamento impróprio" do presidente da federação (RFEF)
Agora, com Rubiales afastado, também Vilda segue o mesmo trajeto.
A conquista do Mundial por parte da seleção feminina de Espanha ficou manchada com estas polémicas, que já se arrastavam antes do torneio. No entanto, agora, parece que a renovada Federação está a querer “limpar a casa” e seguir em frente.