Luís Cristóvão debruça-se, na antena da SIC Notícias, sobre o jogo grande que teve lugar no Estádio José Alvalade, na quinta-feira. Sporting e Benfica mediram forças, mas os 'leões' levaram a melhor. Eis a análise da partida.
O comentador da SIC começa por abordar uma das grandes polémicas da noite: o golo anulado ao Benfica ao minuto 71.
"Olhando para a opinião dos especialistas de arbitragem não há grandes razões de queixa", afirma antes de notar que a decisão do juiz da partida, Fábio Veríssimo, fez e fará correr muita tinta.
"A polémica podes nascer de uma situação. Na atualidade, muitas vezes, vemos golos a serem validados com jogadores em posição de fora de jogo, mas que acabam por não ter influência", refere.
Sobre o lance do dérbi, Luís Cristóvão assume que numa primeira leitura fica a sensação de que a decisão do árbitro não foi a mais correta, no entanto garante que "olhando melhor na repetição Tengstedt acaba por tapar a trajetória da bola e leva a que o guarda-redes do Sporting tenha uma leve hesitação".
Por este e outros lances, o comentador considera que o VAR teve um papel fundamental no dérbi lisboeta.
O que é que falhou nos 'encarnados'?
Luís Cristóvão diz que o Benfica, "durante toda a primeira parte, não conseguiu criar um lance de perigo", apesar de ter conseguido "ter alguma bola".
Para o comentador, as 'águias' "não conseguiram mostrar-se uma equipa no meio-campo ofensivo", razão que conduziu os pupilos de Roger Schmidt ao insucesso na partida de quinta-feira.
Este fator, aliado à ausência de uma referência na frente, permitiu que o Sporting "defendesse bem" e fosse "sempre muito pressionaste e muito agressivo com a bola", tendo evitado que o Benfica chegasse à sua área.
"O Sporting, em momentos de posse, era muito mais agressivo do que os 'encarnados', variando mais o seu jogo, utilizando mais um passe longo à procura de Gyokeres, que destabilizava sempre a ofensiva 'encarnada'", constata.
Sporting "foi melhor durante 65 minutos"
Luís Cristóvão vinca que o clube de Alvalade "foi melhor durante 65 minutos", até ter permitido o golo dos rivais, aos 68 minutos, num lance que foi "o único erro defensivo em todo o encontro" dos 'leões'.
O comentador entende que, aquando do tento de Aursnes, o jogo podia "ter virado", contudo, "foi muito mais dividido nos últimos 20 minutos", sendo que, ressalva, "o Benfica podia ter chegado ao segundo golo", da mesma forma que os 'verdes e brancos' "podiam ter chegado ao terceiro".
Prossegue dizendo que a equipa da casa "jogou à sua imagem empurrado pela necessidade de comprovar que está na luta por todos os títulos", principalmente depois de ter empatado na jornada passada do campeonato frente ao Rio Ave.
Já o Benfica é uma equipa "que não está muito segura de si" por conta das sucessivas alterações táticas que Roger Schmidt tem promovido:
"Sobretudo na primeira parte não foi uma equipa no momento ofensivo e, por isso, deu esta vantagem para o Sporting construir o seu jogo e mostrar-se mais forte na primeira mão da eliminatória"
FC Porto carimba passagem às “meias”
Acerca da vitória do FC Porto no reduto do Santa Clara – partida dos "quartos" da Taça de Portugal que tinha sido interrompida devido à chuva intensa - , o comentador considera que os 'dragões' foram os justos vencedores. Porém, nota que os açorianos "prepararam muito bem o início do jogo".
Luís Cristóvão diz que os 'azuis e brancos' "estiveram perdidos até ao intervalo".
"Na segunda parte vimos um FC Porto mais perto das suas qualidades, conseguindo superiorizar-se a uma equipa muito interessante, muito forte, muito bem trabalhada por Vasco Matos, mas o FC Porto foi mais forte e estará nas meias-finais à procura de um lugar no Jamor", considera.