A primeira sessão da fase de instrução da Operação Pretoriano já terminou. O casal Madureira foi presente a juiz, nesta segunda-feira, mas recusou-se a prestar declarações enquanto não forem ouvidas as testemunhas que arrolaram.
Por volta das 9:20, Fernando Madureira chegou numa carrinha celular, vindo da prisão anexa à Polícia Judiciária do Porto, sob forte reforço policial junto ao tribunal. Ao mesmo tempo, e sem falar aos jornalistas, chegava a sua mulher, Sandra Madureira, também arguida.
Depois de dois adiamentos, provocados pela greve dos funcionários judiciais, à terceira começava mesmo a instrução do processo Operação Pretoriano. Uma vez mais, com os superdragões a marcarem presença no exterior.
Mas a sessão foi breve, até porque apesar de terem requerido esta fase do processo e garantido quererem falar, tanto Fernando como Sandra Madureira acabaram por decidir não prestar declarações, pelo menos enquanto não forem ouvidas as cerca de 20 testemunhas que arrolaram.
Como a juíza ainda não decidiu se aceita ou não ouvir as testemunhas, e perante o silêncio do casal Madureira, a sessão foi interrompida.
Fernando regressou pouco depois ao estabelecimento prisional anexo à PJ, onde está detido preventivamente desde janeiro, e a mulher saiu do tribunal pela porta da frente sem dizer nada.
Mais três arguidos deverão ser ouvidos ao longo desta semana.
Esta é uma fase facultativa, mas foi requerida pelos advogados de 9 de 12 arguidos do processo. A juíza vai decidir se avança ou não para julgamento.
Esta fase tem de estar concluída até 7 de dezembro.
O ex-líder dos Super Dragões está em prisão preventiva desde janeiro. Vai responder em tribunal por 31 crimes, incluindo coação agravada e ofensa à integridade física.
Na Operação Pretoriano, estão em causa incidentes violentos durante a assembleia-geral do Futebol Clube do Porto.