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Operação Pretoriano: instrução vai ser à porta fechada, Super Dragões exigem libertação de Fernando Madureira

O tribunal fala em "risco de incidentes" e, por isso, excluiu o público e os jornalistas da sala de audiências. Fernando Madureira está em prisão preventiva desde janeiro e vai responder em tribunal por 31 crimes. Em causa está a violência durante uma assembleia geral do Futebol Clube do Porto.

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A fase de instrução da Operação Pretoriano vai decorrer à porta fechada. O tribunal decidiu excluir a comunicação social e o público da sala de audiências, por motivos de segurança. A claque dos Super Dragões lançou uma petição a exigir a libertação imediata de Fernando Madureira.

A mediatização da operação pretoriano começou nas buscas à casa de Fernando Madureira e continuou durante o primeiro interrogatório.

Desde o início do processo que o Ministério Público demonstrou intenção de proteger as testemunhas no julgamento.

O Tribunal de Instrução Criminal (TIC) avaliou as questões de segurança e decidiu que a fase de instrução será à porta fechada, por entender que existe um "fundado risco de incidentes" envolvendo membros dos Super Dragões e apoiantes dos arguidos.

Ao jornal Público, o TIC esclarece que a decisão de excluir a comunicação social e o público da sala de audiências tem como objetivo garantir que a produção de provas decorre "de forma pacífica, tranquila e resguardada".

Greve adia audições

A instrução devia ter começado na semana passada, mas as audições de Fernando e Sandra Madureira foram adiadas por causa da greve dos oficiais de justiça.

Uma situação que pode repetir-se esta sexta-feira, quando deverão ser ouvidos três arguidos.

“Preso político”, dizem Super Dragões

Com o arranque desta fase do processo, os Super Dragões partilharam nas redes sociais uma petição pública. Exigem a "libertação imediata" do antigo líder da claque, por entenderem que se trata de um "preso político"e que "não há provas de que tenha agredido, ameaçado ou coagido alguém".

Fernando Madureira está em prisão preventiva desde janeiro. Vai responder em tribunal por 31 crimes, incluindo coação agravada e ofensa à integridade física.

Na Operação Pretoriano, estão em causa incidentes violentos durante a assembleia-geral do Futebol Clube do Porto.