Desporto

Amorim pede "paciência e crença" aos adeptos do United, mas promete apresentar "uma ideia" de jogo

O português de 39 anos olha para o United como "o motor da Premier League" e é nele que pretende assentar uma identidade "de equipa", mais do que um sistema ou formação tática.

Ruben Amorim
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Na primeira entrevista como treinador do Manchester United, Rúben Amorim prometeu apresentar aos adeptos "uma ideia" de jogo para a equipa.

"Quero dizer coisas bonitas, mas vou ser muito honesto. Penso que vão ver uma ideia. Podem gostar ou não, não sei, mas verão uma ideia. Um posicionamento. Algo de que queremos alcançar um certo nível. Isso vai sentir-se. Claro que são apenas dois treinos antes do primeiro jogo, na melhor liga do mundo, mas se tenho de dizer algo, é que vão ver uma ideia. Isto eu garanto", declarou.

Em cima dessa ideia, afirmou, os adeptos devem colocar "paciência e crença", num "projeto de longa data" com jovens jogadores que planeia desenvolver, de Kobbie Mainoo a Amad Diallo, Garnacho, Rasmus Hojlund e Leny Yoro, entre outros.

"Não quero dizer que precisamos de tempo só porque eles são jovens, porque eles estão preparados. Estão preparados para lidar com as exigências de jogar no United, porque estão cá. Sabemos que levará tempo, e vamos tentar ganhar tempo com os jogos, mas vamos começar desde o primeiro dia sem medo. Vão começar com a nossa ideia, independentemente de tudo", atirou.

Com elogios ao estádio, bem como aos planos de reestruturação de Old Trafford, e à estrutura dirigente do clube de Manchester, que considera tê-lo recebido muito bem, notou a "conexão às pessoas e ao clube" que sente como "muito importante".

“A equipa é o mais importante para mim”

"Acho que é um clube especial. (...) Precisamos dos adeptos para vencer jogos. O estádio é fabuloso neste momento, dá para sentir que há ali qualquer coisa. Quando o Omar Berrada [diretor executivo] falou comigo, falou-me dos seus planos. É uma grande honra para mim ter sido a primeira escolha para começar este caminho, é uma grande responsabilidade e entusiasmo", acrescentou.

O português de 39 anos olha para o United como "o motor da Premier League" e é nele que pretende assentar uma identidade "de equipa", mais do que um sistema ou formação tática.

"O mais importante para mim, neste momento, é criar princípios, identidade e caráter, que já tivemos [no clube] no passado. Numa palavra, equipa. A equipa é o mais importante para mim. Se trabalhas em equipa, o talento individual brilhará", refletiu.

A entrega à camisola, o desfrutar do futebol e a união por detrás de um ideal de clube são outros dos princípios que espera que o guiem e à equipa.

"Ganhar tempo é ganhar jogos, mas o mais importante é a identidade. Estamos a começar desta forma, vamos preparar os jogos, mas também focar-nos muito no nosso modelo de jogo. Como jogar, como pressionar, as coisas pequenas e os detalhes", adiantou.

O Manchester United, equipa na qual alinham os internacionais portugueses Diogo Dalot e Bruno Fernandes, ocupa o 13.º lugar na Liga inglesa, a 13 pontos do Liverpool, que lidera a prova, após a realização de 11 jornadas.

Com Lusa