Recuperou de uma lesão grave e foi mãe no último ano. O bronze de Auriol Dongmo no Europeu de Atletismo é também uma história de superação. A lançadora do peso chegou esta segunda-feira à noite a Lisboa depois de mais um pódio, desta vez nos europeus de atletismo.
“Sabe mesmo a ouro porque passei muitas dificuldades. Nem sabia se devia voltar tão cedo, nem sabia se devia voltar a lançar porque foi uma fratura grave”, explica Auriol Dongmo, atleta.
Há 15 meses uma lesão obrigou-a a dizer adeus aos Jogos Olímpicos de Paris. Agora regressa dos europeus de pista coberta com a medalha de um bronze especial. No último ano esteve afastada da competição, mas foi premiada ao mais alto nível pela segunda vez na vida.
Habituada a fazer marcas de qualificação direta, desta vez chegou à final pela repescagem. E de um dia para o outro lançou o peso 62 centímetros mais longe. Subiu ao pódio com a marca de 19 metros e 26. A 30 centímetros da prata e a quase metro e meio do ouro.
“Desta vez foi muito difícil. Na minha cabeça pensei que não queria voltar a Portugal sem medalhas. O ouro é o normal, com uma medalha de bronze em ficava logo a chorar. Mas esta "medalha para mim vale tudo”, explica Auriol Dongmo.
“Chegar aqui a este campeonato numa situação difícil e conseguir arrancar esta medalha a ferros foi fantástico. E não é que me surpreenda porque eu já sei que ela nos grandes momentos é uma atleta talhada para esta pressão”, diz o treinador Paulo Reis.
Já foi bi-campeã europeia, campeã do mundo e em Tóquio ficou a cinco centímetros da medalha que ainda ambiciona ir buscar a Los Angeles em 2028. Com o grande objetivo à distância, volta para Leiria para preparar o próximo desafio. Dia 21 está nos mundiais de pista coberta na China.