Portugal procura hoje chegar pela segunda vez na sua história à final da Liga das Nações de futebol, mas, para isso, terá de ultrapassar nas meias-finais a Alemanha, que joga em casa, em Munique, no Allianz Arena. Portugal não vence a seleção alemã há 25 anos, mas Roberto Martínez acredita que pode fazer história, no jogo de hoje. O selecionador nacional rejeita críticas sobre as exibições e diz que Portugal não vai mudar a identidade para o jogo contra a Alemanha.
"Ao longo destes cerca de dois anos e meio, com Roberto Martínez na liderança da nossa equipa, aquilo que nós sentimos é mesmo uma falta de identidade, ou seja, é uma equipa que, apesar das muitas mudanças, dos sistemas diferentes, dos posicionamentos diferentes que Roberto Martínez procurou desenvolver ao longo do tempo, ainda continua muito agarrado ao momento individual dos jogadores, ao talento individual.
Vemos uma equipa que nos últimos tempos, e provavelmente mais uma vez hoje isso vai acontecer, tem dois jogadores, que evidentemente têm um enorme talento e capacidade de fazer a diferença, Cristiano Ronaldo na área, uma qualquer bola que sobre tem uma capacidade e uma eficácia extraordinária, ou Rafael Leão do lado esquerdo com uma qualquer arrancada que pode passar por um, dois ou três jogadores e nesse momento fazer a diferença", considera Pedro fatela.
Para o comentador da SIC, o problema é que "toda a equipa é obrigada a ter que se adaptar e esperar pelo momento, pelo talento, pela explosão destes dois jogadores e isso por vezes acontece, outras não acontece".
Vencedor da Liga das Nações em 2019, na "final four" que decorreu no Porto, a Seleção Nacional está de regresso à fase decisiva da competição e joga o acesso à final com a Alemanha, rival de má memória.
Pedro Fatela lamenta que ao longo do tempo em que Roberto Martínez está à frente da Seleção Nacional, "prefira se calhar ser muito politicamente correto, agarrou-se às lideranças do balneário, agarrou-se aos estatutos no balneário e se sentiu-se no europeu e ao longo do tempo não conseguindo mudar esse tipo de liderança, levou que a equipa não conseguisse aproveitar todo o talento que tem muitas vezes no banco".