A meio de indecisões no mercado de transferências e a cerca de três meses das eleições para a presidência do clube, o Benfica apresentou o projeto "Benfica District", com a Populous, a mesma empresa de arquitetura que projetou o atual Estádio da Luz.
Este projeto vai incluir não só instalações, como um pavilhão multiusos, dois pavilhões cobertos, uma piscina comunitária, um campo de futebol ao ar livre e uma pista de atletismo, mas também espaços comerciais, hotéis, habitação e até um teatro.
Em entrevista no Jornal do Dia, da SIC Notícias, João Diogo Manteigas, candidato à presidência do Benfica, refere que este projeto do clube 'encarnado' não é inovador nem recente, acrescentando que quando há insucesso dentro de campo surge a apresentação de projetos megalómanos.
"Este projeto não é inovador e não é recente. É um projeto há muito tempo 'na gaveta' como outros. Percebo que isto e uma medida eleitoralista, não é mais do que isso e quando há derrotas e insucesso desportivo lá vem o betão do Sport Lisboa e Benfica. O Benfica foi fundado para ganhar, não para fazer betão. Andamos a vender o João Neves e o Gonçalo Ramos para construir centros comerciais?", afirmou o advogado.
Cristóvão Carvalho, outro candidato à presidência do Benfica, apelida de "cortina de fumo para os sócios" a apresentação do projeto por parte de Rui Costa, considerando o timing e as contas do emblema da Luz.
"Este projeto passou completamente ao lado dos sócios. A meses de eleições e sabendo das contas do clube. Isto não passa de uma cortina de fumo para os sócios. isto para mim, é absolutamente intolerável", disse o advogado, defendendo o critério, o rigor e a responsabilidade no projeto de reformação do recinto das 'águias'.
Outubro 'quente'
Rui Costa, atual presidente do clube, João Diogo Manteigas, Martim Mayer, Cristóvão Carvalho e João Noronha Lopes são os outros nomes que já formalizaram uma candidatura à liderança do Benfica.
As eleições do Benfica realizam-se no dia 25 de outubro deste ano.
No escrutínio de há quatro anos, Rui Costa foi eleito presidente do Benfica com 84,48% dos votos, contra os 12,24% de Francisco Benítez, no ato eleitoral mais concorrido da história do clube benfiquista, com 40.085 votantes.