O empréstimo obrigacionista de 60 milhões de euros da Benfica SAD permite aos encarnados enfrentarem o próximo mercado de transferências de forma “mais confortável”, realçou esta segunda-feira o administrador financeiro das águias, Domingos Soares de Oliveira.
Questionado sobre a capacidade para resistir a propostas de 100 milhões de euros pelo avançado internacional uruguaio Darwin Núñez, respondeu:
“Não vamos discutir os atletas, nem os valores. Não sabemos as ofertas que nos vão chegar. Mas é óbvio que sentimos maior conforto para não aceitar uma qualquer oferta, se considerarmos que não tem o justo valor.“
Ainda assim, Soares de Oliveira vincou que “os objetivos em termos de mercado [de transferências] nunca estiveram condicionados pelo aumento da emissão”, depois de já ter assinalado que o clube da Luz, no que toca à equipa principal de futebol, depois de uma época sem títulos, ficou com “capacidade de ter mais meios para corresponder às expectativas” dos adeptos, após esta operação no mercado de dívida.
“Vamos estar atentos ao mercado, como temos estado”, disse Soares de Oliveira, numa iniciativa que contou com a presença do presidente do clube, Rui Costa, que deixou o palco para o responsável pelas finanças da Benfica SAD.
O empréstimo obrigacionista da Benfica SAD, no montante de 60 milhões de euros contou com uma procura de 88,5 milhões de euros, atraindo 4.576 investidores.
A operação, que oferece uma taxa de juro bruta de 4,6%, tinha um valor global inicial de 40 milhões de euros, mas, face à forte procura dos investidores (1,47 vezes acima da oferta), foi aumentada para 60 milhões de euros, a segunda maior de sempre das águias.