Economia

Declaração final do G20 avisa que frágil recuperação económica ainda pode piorar 

Os líderes das 20 economias mais avançadas  (G20) avisaram hoje, no comunicado final do encontro, que a recuperação  económica é muito frágil e corre o risco de piorar, havendo alguns mercados  emergentes a mostrar especiais fragilidades. 

(Reuters)
© RIA Novosti / Reuters

No final das reuniões de dois dias que decorreram em São Petersburgo,  na Rússia, os líderes dos 20 países, que representam cerca de 80% da riqueza  mundial, defenderam a implementação do 'Plano de Ação São Petersburgo',  de forma a aumentar o crescimento da economia e a fomentar a criação de  empregos. 

No final dos encontros marcados pela discussão sobre o tipo de retaliação  que deve ser levada a cabo contra o regime sírio, que lançou armas químicas  contra os seus cidadãos no dia 21 de agosto, os líderes das 20 economias  mais avançadas preocuparam-se também em responder aos receios dos países  emergentes, que temem ser prejudicados pela retirada de apoios financeiros.

"Continuamos cientes dos riscos e dos involuntários efeitos negativos  colaterais  1/8que resultam 3/8 dos longos períodos de ajudas financeiras", lê-se  no comunicado, que promete que as políticas monetárias ao nível dos bancos  centrais vão continuar a ser "cuidadosamente calibradas e claramente comunicadas".

Além deste tema, o comunicado final da reunião reconhece que "as perspetivas  de crescimento global para 2013 têm sido revistas em baixa repetidamente  durante o último ano, o reequilíbrio global está incompleto, as disparidades  regionais no crescimento continuam, e o desemprego, particularmente entre  os mais jovens, continua inaceitavelmente alto". 

Os líderes quiseram, aliás, deixar uma mensagem clara sobre este tema:  "A nossa necessidade mais urgente é aumentar o 'momentum' da recuperação  económica global, gerar maior crescimento e melhores empregos, ao mesmo  tempo que fortalecemos as fundações para o crescimento a longo prazo". 

A prioridade, enfatizou o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso,  é "o crescimento e os empregos", salientando que "há um crescente consenso  relativamente ao que precisa de ser feito". 

Os empregos "são a chave", acrescentou o primeiro-ministro britânico,  David Cameron, concluindo: "empregos é o que os cidadãos querem ver". 

Lusa