Economia

Ministro Mota Soares confirma corte nas pensões de sobrevivência em 2014

O ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança  Social confirmou hoje o corte, em 2014, nas pensões de sobrevivência, quando  acumuladas com uma segunda reforma, sem esclarecer qual o patamar mínimo  a partir do qual será feito esse corte. 

Numa curta declaração à agência Lusa, Pedro Mota Soares disse que a  medida permitirá ao Estado uma poupança de 100 milhões de euros, acrescentando  que o que está a ser discutido "é a introdução de uma condição de recursos",  como a que já existe para os apoios sociais como o abono de família, o subsídio  social de desemprego e o complemento solidário de idosos. 

O ministro adiantou que a medida abrangerá beneficiários de pensões  de sobrevivência na Caixa Geral de Aposentações e no regime geral da Segurança  Social e assegurou que irá proteger os pensionistas com rendimentos mais  baixos. 

"Atualmente, a segunda pensão é dada automaticamente, sem levar em conta  o rendimento que o beneficiário já tem", assinalou, sustentando que "o investimento  social do Estado deve ser dirigido protegendo quem tem menos face a quem  tem rendimentos mais elevados". 

Sobre o teto mínimo a partir do qual será definido o corte, bem como  o número de pensionistas visados, Pedro Mota Soares remeteu o seu esclarecimento  para quando for conhecido o Orçamento do Estado para 2014, que terá de ser  entregue no parlamento até 15 de outubro. 

"O desenho da medida será conhecido no Orçamento do Estado", vincou.

O Estado gasta anualmente 2.700 milhões de euros em pensões de sobrevivência,  prestações atribuídas a viúvas e viúvos para compensar a perda de rendimentos  de trabalho resultante da morte do cônjuge. 

O corte nas pensões de sobrevivência foi noticiado pela rádio TSF. 

 

Lusa