Economia

Programa cautelar que seja continuidade do resgate "é o pior" para a economia, defende Louçã 

O antigo líder do Bloco de Esquerda Francisco  Louçã manifestou-se hoje contra um programa cautelar que seja a continuidade  do atual programa de resgate, defendendo que isso "é o pior que a economia  portuguesa pode ter". 

TIAGO PETINGA

Na sua intervenção numa conferência organizada hoje em Lisboa pela Antena  1 e pelo Diário Económico, Francisco Louçã afirmou que a consolidação orçamental  dos últimos quatro anos custou 25 mil milhões de euros e representou uma  redução de apenas 0,3% do PIB. 

"Os cortes cumulativos permitiram um pequeno ajustamento orçamental  de cerca de três décimas do Produto Interno Bruto (PIB). Não resulta e a  economia está mais incapaz de responder. O PIB potencial está a reduzir-se  substancialmente, perdemos capital humano, perdemos qualificações e competências,  perdemos investimento e perdemos estrutura produtiva", afirmou. 

Para o economista, o país tem de perguntar se um programa cautelar é  necessário e se convém a Portugal. "A minha resposta é que não é. Entendo  que é necessário interromper a continuidade desse programa e que defender  Portugal contra a traição que representa um programa de ajustamento", disse.

 

     

Lusa