Economia

Governo "teme" que greves nos CTT "desvalorizem a empresa" na privatização

O secretário de Estado das Infraestruturas,  Transportes e Comunicações admitiu hoje "temer" que as greves nos CTT "desvalorizem  a empresa" no seu processo de privatização, mas sublinhou que "não são as  greves que impedirão o Governo de continuar" a executar o seu programa.

(Lusa/Arquivo)
ANDRE KOSTERS

"Temo que [a contestação] desvalorize a empresa. É óbvio! Mas não é  só os CTT. Cada greve desvaloriza as empresas. É nos CTT, é no setor dos  transportes, assim como em qualquer outro setor", afirmou Sérgio Monteiro,  em declarações aos jornalistas à margem do colóquio "A Nova Lei-Quadro das  Entidades Reguladoras", organizado pelo CEDIPRE -- Centro de Estudos de  Direito Público e Regulação da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.

"Qualquer movimento de contestação não é positivo para efeitos de valor,  mas também quero deixar completamente claro que não são as greves que nos  impedirão de continuar a executar aquilo que está no programa do Governo",  reforçou. 

O governante fez ainda questão de acrescentar que a privatização dos  CTT "está também combinada no memorando de entendimento com a 'troika',  e a credibilidade do país é um ativo tão ou mais importante do que todos  os outros em presença. Porque a credibilidade perde-se de um dia para o  outro e a confiança leva anos a recupescudando-se na circunstância de regulamentação específica dos  fundos de pensões, sua transferência e regras que passaram a vigorar ser  uma "matéria da ADSE e do Ministério das Finanças". 

O governante manifestou-se, no entanto, "seguro" de que, "se houver  cortes ou se não houver cortes, eles estão conforme com as regras de transferências  e a Lei que também cobre esses fundos de pensões".  

"Não faremos nada de diferente do que aquilo que está definido já por  lei", disse. 

Lusa