"Portugal já não é hoje o segundo nem o terceiro país com o desemprego mais elevado da Europa, antes passou para o quinto lugar", declarou o ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, nas jornadas parlamentares conjuntas do PSD e do CDS-PP, que se realizam entre hoje e terça-feira na Assembleia da República, dedicadas à "Economia e Justiça Social".
Antes, Mota Soares referiu que, "pelo sexto mês consecutivo, de acordo com os dados do Eurostat de agosto, o desemprego desceu", o que "significa que nos últimos seis meses o desemprego desceu 1,1 pontos percentuais, ou seja, que cerca de 100 mil pessoas saíram da situação de desemprego".
Quanto ao Orçamento do Estado para 2014, o ministro da Segurança Social sustentou que a proposta do Governo tem como princípios "uma maior distribuição dos esforços e uma contribuição superior pedida a quem tem mais rendimentos, especialmente a setores que podem contribuir mais, para que seja possível proteger sempre aqueles que são mais fracos e mais vulneráveis".
Ainda no que respeita ao emprego, Mota Soares destacou "que, no caso do desemprego jovem, os números voltaram a descer", passando de 200 mil registados em janeiro para 136 mil.
"Hoje temos 136 mil jovens nesta situação, o que representa também que foram geradas oportunidades para 64 mil jovens em Portugal", sustentou.
"De acordo até com os indicadores mais avançados que temos, já do mês de setembro, sabemos que houve mais 71% de ofertas de emprego do que em setembro de 2012, e que entre janeiro e setembro de 2013 existiram mais 101 mil ofertas emprego, e que temos mais 67% de ocupados face a setembro de 2012", adiantou.
Segundo Mota Soares, o Governo pretende "continuar a desenvolver" este trabalho, "continuando a apostar na contração por via do reembolso da Taxa Social Única (TSU) ou da acumulação do subsídio de desemprego com um novo salário".
O ministro apontou o desemprego como "o maior problema económico e social da sociedade portuguesa" neste momento e considerou que nesta matéria é preciso haver uma "ação concertada com a União Europeia".
No seu discurso, Mota Soares reiterou a ideia de que os recursos "são mais bem geridos, chegam efetivamente a quem deles mais precisa, se estiverem na esfera da economia social do que na esfera do Governo central" e voltou a reclamar que o executivo contrariou "os credores" em matérias da Solidariedade e Segurança Social como o aumento da idade de reforma.
Por outro lado, manifestou-se convicto de que o Orçamento do Estado para 2014 vai ser o último apresentado "sob o jugo externo da 'troika'" composta por Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu, sem falar do cenário de um eventual segundo programa no âmbito estritamente das instâncias europeias.
Lusa