"A sucessão na liderança do Grupo Espírito Santo realizar-se-á não por decisão ou sequer recomendação individual, mas sim pela vontade coletiva dos acionistas manifestada em sede própria", lê-se no referido comunicado.
Ricciardi, em resposta às informações publicadas na imprensa sobre a indefinição quanto à sua continuidade no Grupo Espírito Santo, diz que a sua disponibilidade "para corresponder às exigências da boa 'governance' do grupo e aos desafios que o futuro reclama" se mantém "sem quaisquer reservas".
No mesmo comunicado, Ricciardi esclarece que "por ora" são apenas estas as informações que pretende acrescentar ao comunicado que havia enviado na sexta-feira.
Nesse comunicado, Ricciardi, confirmou que não tinha dado o voto de confiança pedido pelo presidente do BES, Ricardo Salgado, para a sua continuação à frente do grupo.
Uma reação que surgiu depois de o Jornal de Negócios ter noticiado, também na sexta-feira, ter havido uma tentativa de "golpe de Estado'" no BES, mas que a mesma havia fracassado.
Segundo o jornal, o presidente executivo do Banco Espírito Santo de Investimento (BESI), José Maria Ricciardi tinha avançado com "iniciativa para precipitar a saída de Ricardo Salgado".
No comunicado de sexta-feira, Ricciardi esclareceu que "não corresponde à verdade a tentativa de golpe de Estado gorada atribuída à sua pessoa" e confirmou que "na sua qualidade de acionista do grupo, limitou-se a não dar ao Dr. Ricardo Salgado um voto de confiança por ele solicitado para continuar a liderar os interesses do grupo", por razões que "se dispensa de revelar".
José Maria Ricciardi sublinhou ainda que "sobre os acionistas do grupo não impende o dever de lealdade institucional".