Em comunicado hoje emitido, António Ricciardi esclarece: "Só não apoiei o voto do meu filho José Maria Espírito Santo Silva Ricciardi na moção de confiança pedida por Ricardo Salgado para evitar a rutura institucional imediata, mas subscrevo sem quaisquer reservas a posição assumida pelo conselho, incluindo a do meu filho José Maria Espírito Santo Silva Ricciardi, sobre a 'governance' e sucessão na liderança do Grupo Espírito Santo".
Na passada quinta-feira, o conselho superior do Grupo Espírito Santo aprovou uma moção de confiança a Ricardo Salgado, solicitada pelo próprio, mas José Maria Ricciardi, presidente executivo do Banco Espírito Santo de Investimento (BESI) não a subscreveu, por razões que "se dispensa de revelar", disse.
Segundo noticia hoje o jornal Público, José Maria Ricciardi "acompanhou o pai, António Ricciardi, à reunião (do conselho superior do GES) convocada por Ricardo Salgado para pedir um voto de confiança à sua liderança na estrutura financeira do GES", tendo-se levantado e abandonado a sala depois de, à sua pergunta sobre se não teria direito de voto, o seu pai ter alegadamente respondido: "Aqui quem vota sou eu".
Referindo, num comunicado emitido no sábado, que "sobre os acionistas do grupo não impende o dever de lealdade institucional", José Maria Ricciardi sublinhou que a sucessão de Ricardo Salgado na liderança do GES será decidida "pela vontade dos acionistas manifestada em sede própria" e "não por decisão ou sequer recomendação individual".
Na sexta-feira, o Jornal de Negócios noticiou ter havido uma tentativa de "'golpe de Estado'" no BES, mas que a mesma havia fracassado.
Segundo o jornal, José Maria Ricciardi tinha avançado com "iniciativa para precipitar a saída de Ricardo Salgado".
Num comunicado divulgado na sexta-feira, Ricciardi esclareceu que "não corresponde à verdade a tentativa de golpe de Estado gorada atribuída à sua pessoa" e confirmou que, "na sua qualidade de acionista do grupo, limitou-se a não dar ao Dr. Ricardo Salgado um voto de confiança por ele solicitado para continuar a liderar os interesses do grupo", por razões que "se dispensa de revelar".
Lusa