Economia

Vinte trabalhadores rescindiram contrato com Estaleiros de Viana

Vinte trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) rescindiram amigavelmente os respetivos contratos na última semana, no âmbito do processo de encerramento e subconcessão da empresa, disse hoje à Lusa fonte da administração.

(Reuters/Arquivo)
© Jose Manuel Ribeiro / Reuters

As rescisões já acordadas, relativas à primeira semana da disponibilização  destas propostas aos trabalhadores, representam 1,7 milhões de euros em  indemnizações que, individualmente, variaram entre os 54 mil e os 134 mil  euros, de acordo com a mesma fonte. 

Contudo, esclareceu ainda, várias dezenas de trabalhadores transmitiram  o interesse na adesão a este plano de rescisões amigáveis mas optaram por  assinar os respetivos acordos apenas a partir de 02 de janeiro, ou seja  já no ano fiscal de 2014. 

Os 609 trabalhadores estão a ser convidados a aderir a um plano de rescisões  amigáveis proposto pela administração dos ENVC e que vai custar 30,1 milhões  de euros.  

Suportado com recursos públicos, este plano prevê indemnizações individuais  entre os 6.000 e os 200 mil euros - nomeadamente um salário por cada ano  de trabalho -, além do acesso ao subsídio de desemprego e, para 230 trabalhadores,  à reforma. 

Entretanto, a empresa West Sea vai começar a convocar os funcionários  dos ENVC para entrevistas de trabalho logo após a assinatura do contrato  de subconcessão, prevendo recrutar 400 trabalhadores. 

A informação tinha sido avançada à Lusa, a 23 de dezembro, por fonte  ligada ao processo de subconcessão ao grupo Martifer, que para o efeito  criou a empresa West Sea Estaleiros Navais. 

A assinatura do contrato da subconcessão está prevista para 07 de janeiro,  prevendo-se que no dia seguinte os atuais trabalhadores dos ENVC comecem  a ser convocados pela West Sea para uma entrevista de recrutamento. 

Num período de seis meses deverão ser criados 400 postos de trabalho  nos atuais estaleiros, na área da construção e reparação naval, prevendo  o novo subconcessionário um investimento na modernização das instalações  e equipamentos dos ENVC, empresa que entretanto será encerrada. 

Pelos terrenos, infraestruturas e equipamentos dos ENVC, o grupo Martifer  vai pagar ao Estado uma renda anual de 415 mil euros, até 2031.