"Há dez anos não exportávamos nada para aqui. O ano passado vendemos 12 milhões de euros", realçou o presidente da ViniPortugal, Jorge Monteiro, no final de uma ação de promoção na capital chinesa, que atraiu mais de 200 profissionais.
Juntando as novas Regiões Administrativas Especiais de Macau e Hong Kong, as exportações de vinhos para toda a República Popular da China somaram cerca de 19,5 milhões de euros, indicou o responsável.
Pelas contas da ViniPortugal, a associação interprofissional do setor vitivinícola português, a China é já "o quinto maior mercado dos vinhos nacionais fora do espaço europeu", a seguir a Angola, Estados Unidos da América, Canadá e Brasil.
"Portugal não produz apenas grandes jogadores de futebol como Cristiano Ronaldo e Figo: também produz bons vinhos", disse Jorge Monteiro aos profissionais chineses que acorreram à prova da ViniPortugal, realizada num conhecido hotel do centro de Pequim e regada com dezenas de marcas de 16 produtores.
Foi a segunda promoção de vinhos portugueses na capital chinesa no espaço de dois dias, depois da prova organizada na quarta-feira pela Enoport num museu privado da cidade.
Os profissionais chineses "são pessoas muito interessadas e atentas", disse Marta Galamba, enóloga da ViniPortugal.
Depois da França, que chegou ao mercado já na década de 1980, Espanha, Austrália, África do Sul, Chile e outros países produtores de vinho estão também a tentar conquistar o paladar da emergente classe média local, mas Jorge Monteiro diz não recear a concorrência.
"A concorrência não nos incomoda. Não competimos no volume, nem no preço: competimos na diferença", afirmou o presidente da ViniPortugal.
Antes de Pequim, a ViniPortugal promoveu idênticas provas de vinho em Xiamen (dia 10) e Xangai (dia 14).
A digressão assinala o início da colaboração entre a ViniPortugal e a Câmara de Comércio chinesa para a Importação e Exportação de Produtos Alimentares, cujo presidente Bian Zhenhu, participou também na prova de Pequim.
Com Lusa