Economia

Seguro pede consenso sobre aumento do salário mínimo

O secretário-geral do PS, António José Seguro, pediu hoje ao Governo, numa sessão da convenção "Novo Rumo para Portugal", que decorreu em Lisboa, para se disponibilizar para um consenso sobre o aumento do salário mínimo nacional, lembrando que tal medida é apoiada por patrões e sindicatos. 

(Lusa)
ANDRÉ KOSTERS

"Há um consenso entre as confederações patronais no sentido de promover esse aumento. A CGTP e a UGT estão de acordo com esse aumento. O que é que falta para ser concretizado? O Governo disponibilizar-se", lamentou António José Seguro. 

O dirigente socialista diz que é "interessante e curioso" o facto de o Governo, "que passa a vida com a ladainha do consenso", não promover a unidade nesta matéria fomentando "condições para que haja um aumento do salário mínimo nacional". 

"Estamos a falar de poucos euros todos os meses no bolso de um trabalhador que ganha menos de 500 euros todos os meses. Isto faz toda a diferença", frisou o secretário-geral do PS. 

Na sua intervenção de cerca de 20 minutos, Seguro acusou o executivo liderado por Pedro Passos Coelho de não ter "vontade política" de inverter o "caminho de austeridade" que tem trilhado para o país. 

O secretário-geral do PS sustentou ainda que os partidos do Governo "merecem ser julgados de forma clara" pelos eleitores nas eleições europeias de 25 de maio.

Além disso, Seguro referiu que o PS é "o único partido que pode derrotar a política do atual governo e a política da troika". 

"Quem considera que o país está melhor, tem de votar nos representantes do Governo. Quem, como nós, considera que infelizmente o país está pior e pode melhorar tem de concentrar os votos no PS", apelou o socialista. 

A sessão da convenção "Novo Rumo para Portugal", organizada pelo PS, decorreu num hotel lisboeta e foi subordinada ao tema "Direito ao Trabalho", juntando diversos protagonistas do movimento sindical, como Carlos Silva, secretário-geral da União Geral de Trabalhadores (UGT), ou Carlos Trindade, presidente da Corrente Sindical Socialista da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP). 

Carlos Silva, que teve uma pequena intervenção antes das palavras de Seguro, reclamou "justiça" para os trabalhadores portugueses, que não querem "nem o sol nem a lua" mas são parte central de Portugal. 

"O país somos nós, homens e mulheres, não é o Excel nem o Word", sublinhou o sindicalista.


Lusa