Economia

Governo quer desemprego ao nível dos países da Europa central 

O ministro da Economia, Pires de Lima, afirmou  hoje que a ambição do Governo é a de alcançar um crescimento económico superior a 2% ao ano, bem como uma taxa de desemprego de níveis equivalentes aos  registados nos países da Europa central. 

O Governo está disposto a dar um apoio financeiro igual a metade do Indexante dos Apoios Sociais (IAS), o que corresponde a 219,61 euros, durante quatro meses, aos desempregados que aceitem empregos de curta duração a mais de 100 quilómetros da sua residência. (Arquivo)
LUSA

"Não nos acomodamos a esta visão de uma Europa solidária que vive no  paradoxo da crise, em que os países do Sul registam taxas de desemprego  acima dos 15% e países na Europa Central taxas de 4% ou 5%. A nossa ambição  é continuar a reduzir o desemprego de modo a que os nossos níveis se aproximem  dos países da Europa central", afirmou Pires de Lima na conferência "Portugal:  Rumo ao crescimento e emprego. Fundos e Programas Europeus: solidariedade  ao serviço da economia portuguesa", que decorre em Lisboa. 

O ministro da Economia, que modera um painel sobre fundos estruturais  e de investimento de 2014 a 2020, sublinhou que o Governo tem "a ambição  clara de ver a economia crescer num curto espaço de tempo bem mais do que  2% ao ano". 

Pires de Lima reforçou que as prioridades de Portugal para os próximos  anos "estão bem definidas" e pediu à Comissão Europeia que dê ao executivo  "a responsabilidade" para lidar com as áreas consideradas prioritárias.

"As nossas prioridades em Portugal estão bem definidas. Aquilo que  creio ser neste momento de registar é pedir à Comissão Europeia, que nos  quer ajudar, que a melhor forma de nos ajudar, além de ser solidária, é  dar-nos a responsabilidade de podermos liderar áreas que consideramos prioritárias",  declarou o governante, perante vários representantes do executivo comunitário.

Pires de Lima enumerou as quatro prioridades consideradas fulcrais,  como a agricultura e o investimento no regadio, fundos direcionados para  as Pequenas e Médias Empresas (PME), transportes e reforço à capitalização  das PME, suportado pelo Banco de Fomento. 

O ministro da Economia sublinhou ainda que dos 25 mil milhões de euros  correspondentes ao novo quadro comunitário de apoio (2014-2020), 43% serão  "dedicados ao apoio às empresas". 

O governante rematou, dizendo que "Portugal fez adequadamente o seu  trabalho de casa para poder merecer a confiança da Comissão Europeia e poder  executar bem este montante de investimento nos próximos oito anos". 

A conferência "Portugal: Rumo ao crescimento e emprego. Fundos e Programas  Europeus: solidariedade ao serviço da economia portuguesa" é organizada  pela Comissão Europeia e contou com as presenças de Durão Barroso e do Presidente  da República, Aníbal Cavaco Silva, na sessão de abertura.  

A sessão de encerramento da conferência, que decorre esta tarde na  Fundação Calouste Gulbenkian, entre as 14:00 e as 18:30, ficará a cargo  do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho. 

Lusa