Os números hoje divulgados pelo gabinete oficial de estatísticas da União Europeia confirmam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), publicados há três semanas.
Segundo o Eurostat, o défice público em Portugal no ano passado foi de 4,9%, o que representa uma descida de 1,5 pontos percentuais face aos 6,4% registados em 2012, enquanto a dívida pública aumentou 4,9 pontos percentuais, de 124,1% em 2012 para 129%.
Desta forma, Portugal é, a par da Eslovénia, Grécia, Irlanda, Espanha, Reino Unido, Chipre, Croácia, França e Polónia, um dos dez países da União Europeia que mantêm um défice superior a 3% e um dos dezasseis com um rácio de dívida pública acima de 60% do PIB.
O Luxemburgo foi o único país entre os 28 a alcançar um excedente (0,1%) e a Alemanha ficou numa situação próxima do equilíbrio, tendo sido a Eslovénia a registar o maior défice público em 2013, com 14,7%.
A Grécia foi o Estado-membro com a dívida pública mais elevada (175,1% do PIB) e a Estónia com o valor mais baixo (10%).
Já em relação ao conjunto da zona euro e da União Europeia, o défice baixou em termos absolutos em 2013, passando de 3,7% para 3% e de 3,9% para 3,3%, respetivamente, enquanto a dívida pública aumentou nas duas áreas.
O rácio de dívida pública dos países da moeda única aumentou de 90,7% em 2012 para 92,6% em 2013 e de 85,2% para 87,1% na União Europeia.
A 31 de março, a Comissão Europeia tinha considerado que que o valor do défice orçamental de Portugal em 2013, de 4,9%, divulgado então pelo INE, é uma "notícia bem-vinda".
Numa declaração à Agência Lusa, Simon O'Connor, porta-voz dos Assuntos Económicos, comentou que se trata de "uma notícia bem-vinda, e em linha com a estimativa" da ?troika' avançada a 28 de fevereiro, após a 11. missão regular de avaliação do programa de assistência financeira a Portugal, que apontava para um défice de 4,5% do Produto Interno Bruto, excluindo o impacto da recapitalização do Banif, que representou 0,4% do PIB.