Economia

Credor japonês aciona cláusula que faz família BES perder 5% do banco

Há mais um episódio na crise do Banco Espírito Santo que pode fazer regressar a turbulência aos mercados financeiros. O Expresso Diário avança que o aumento de capital do banco foi financiado em parte por um grupo financeiro japonês, o Nomura. A Família Espírito Santo pediu um empréstimo aos japoneses de cerca de 100 milhões de euros, para entrar no aumento de capital e deu como garantia 5% do BES. O problema é que as acções do BES têm desvalorizado tanto nos últimos dias que o banco credor, o Nomura, exigiu as acções já, para as poder vender e não correr o risco de perder o dinheiro emprestado. A condição estava previsto no contrato. Apesar da desvalorização continua a ser um bom negócio para o Nomura já que estes 5% do capital actualmente ainda valem mais que os cem milhões que emprestou. A notícia está a ser avançada pelo Expresso Diário, que revela que caso seja acionada a garantia, a participação da família no banco cai para perto dos 20 por cento.

(SIC/Arquivo)

O Expresso diz ainda que todo este processo é do conhecimento do Banco de Portugal e  que terá até o seu aval.