Economia

Governo e parceiros voltam à concertação social sem salário mínimo na agenda

Governo e parceiros sociais voltam hoje à concertação social, após o período de férias, para discutir o anteprojeto de reforma do IRS e a racionalização das medidas ativas de emprego.

Vice-primeiro-ministro, Paulo Portas com ministra das Finaças, Maria Luís Albuquerque (Lusa)
MANUEL DE ALMEIDA

O aumento do salário mínimo nacional (SMN) não faz parte da ordem de  trabalhos da reunião, mas as duas centrais sindicais pretendem colocar o  assunto à discussão para reafirmar as suas reivindicações. 

Na sexta-feira, depois de ter recebido a convocatória para a reunião  e a respetiva ordem de trabalhos, a CGTP-IN solicitou ao ministro da Solidariedade,  Emprego e Segurança Social que o Salário Mínimo Nacional fosse discutido  na reunião de concertação social, pretensão igualmente assumida pela UGT.

A Inter justificou a "urgência em atualizar de imediato o SMN, visto  ser uma medida que atinge centenas de milhar de trabalhadores/as que, trabalhando,  empobrecem todos os dias". 

A CGTP-IN considera que "estão reunidas todas as condições económicas  e sociais para que a atualização do SMN tenha efeitos imediatos, pelo que  não há razões nem desculpas para novos protelamentos". 

A UGT também pretende reivindicar o aumento do SMN na reunião de hoje  porque considera a questão prioritária. 

A CGTP tem reivindicado o aumento do SMN para os 515 euros com efeitos  a 1 de junho e a UGT reivindica um SMN de 500 euros retroativo a 1 de julho.

A CGTP-IN irá apresentar na reunião de concertação uma proposta de evolução  progressiva do SMN até ao início de 2016, de modo a fixar esta remuneração  nos 540 euros em janeiro de 2015 e nos 600 euros, um ano depois. 

Atualmente o salário mínimo é de 485 euros. 

Lusa